Minha casa é um recanto do mundo
a doze passos do coração.
É horta fértil, jardim fecundo,
pelos Campos do Mourão.
Minha casa é colo e cafuné,
é cheiro de mate e pão caseiro,
é força e vida, vigor e fé
que canta o sino de Engenheiro.
Minha casa é abraço apertado
onde a Gralha Azul fez ninho.
É beijo tímido, apaixonado
nos cafezais de Sertãozinho.
Minha casa é floresta que se avista
da janela velha rindo à toa.
É semente nova que o altruísta
acomoda e rega em terra boa.
Minha casa é pinheiro, é cipestre
que penumbra, em trilha oportuna,
os tapetes do ipê roxo, flor silvestre
nas calçadas de Araruna.
Minha casa tem gosto de Carneiro ao Vinho,
Sabor sagrado, segredo sangrado no sul.
É terra rubra que pinta o pé pelo caminho,
é sossego, saudade e sol. É Peabiru.
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2 comentários:
Adorei esse poema.! :D Ficou mto bom.! Mas faltou Ubiratã.! :/ hehehehe...
Abraaços e tdo de bom.! :)
Obrigado, Ana Amélia!
Ubiratã é a casa do vizinho [ou da vizinha]. Hehehe... Mas um dia, se não me falhar a inspiração, rascunho umas linhas aos ubiratanenses [e à moda de Gil Vicente].
Abraço!
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