quarta-feira, 2 de julho de 2008

Escola ponto com ponto bê erre

Dominar as funções básicas do computador, pôr pra funcionar um aparelho de DVD, ajustar o projetor, instalar um microfone e controlar o som, ligar um CD player ou mesmo um televisor: coisas simples, mas que ainda são encaradas como um bicho-de-sete-cabeças por muitos professores que, por medo do novo [não tão novo assim] deixam de lado a tecnologia e abusam à exaustão da relação quadro-giz.

Os alunos sentem necessidade dessas inovações que podem marcar a aprendizagem para sempre. Nunca me esqueço, por exemplo, de quando a minha alfabetizadora, Dona Carmem Flores Bassi, levou para nossa turma uma máquina de escrever para que datilografássemos nela o próprio nome. Aquilo foi incrível, quase mágico!

Pois bem, se laaaaá em 1987 a piazada já se empolgava com algo tão banal [que hoje até virou peça de museu!], quanto mais os alunos de hoje, em plena era da informática e da telecomunicação!

Nesse ano letivo de 2008, a escola onde eu trabalho conseguiu – depois de muito esforço e insistência – inaugurar um laboratório de inclusão digital, que oferece informática básica tanto para os alunos, quanto para os educadores da instituição. Como sou eu o professor-monitor, pude comprovar o que eu já suspeitava antes: crianças de 5 a 6 anos estão deixando muitos professores no chinelo. Com segurança e autonomia, conseguem ligar o PC, manusear o mouse e o teclado [mesmo sem saberem ainda todo o alfabeto] satisfatoriamente, sabem abrir, explorar e fechar diversos softwares.

Isso demonstra o quão distante os educadores ainda estão da realidade e dos anseios dos alunos e aponta para a urgente necessidade de troca de experiências pedagógicas/tecnológicas entre eles, não apenas na Educação Intantil e no Ensino Fundamental. Por outro lado, isso confirma que o papel do professor, apesar da tecnologia, sempre será insubstituível. Fundamental.

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