Quer dizer então que querem pôr grades e a polícia para afastar os mendigos dos arredores da catedral de Campo Mourão? Já tá podendo isso agora? Não foi a Igreja na América Latina que assumiu em Puebla uma tal opção preferencial pelos pobres; e, mais recentemente, em Aparecida, exigiu fidelidade a essa mesma opção? Como é que alguém que comunga nessa mesma Igreja e que vive numa das regiões mais pobres do Estado [conforme o próprio Dom Mauro atentou tempos atrás] pode agora sugerir um "apartheid" desses na Sé da diocese? Não consigo ver lógica nenhuma nisso.
Os carros do estacionamento estão sendo riscados? Contratem um guarda, oras! Afinal, católico que paga impostos também paga dízimos. Os menores e os pedintes causam problemas à catedral? Pois então que a catedral faça um trabalho social que os contemple, que lhes dê oportunidades, que os evangelize, que faça valer a caridade.
Do contrário, rasguemos os documentos do episcopado latino-americano! Do contrário, rasguemos o próprio Evangelho! Porque separar a Igreja dos pobres é separá-la de Cristo. Numquid Christus Iesus cum pauperibus non ambulabat?
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