sábado, 23 de agosto de 2008

Poema do Amor Imperativo


Toca-me!
Um toque sutil que for, um encontro de asas de beija-flor
Um sussurro leve ao ouvido, calafrio abributo atrevido
Um beijo-despertar dum sonho que instiga a sonhar.

Venha!
Neblina amiga das noites de sábado,
é teu beijo banhando meus lábios.
Como brisa que arranca dos montes a aurora,
tal e qual levas meu tudo embora.

Acorda-me!
Que já és a minha manhã, filha da noite, da madrugada irmã
És sonho, és desejo de abraço e de beijo
Que espero como engano sincero

Sinta-me!
Num misto de sentimento, meu coração ciumento.
Viver tua essência e o que eu não vejo: eis meu desejo
Mas os desejos de vez em quando tormam o fogo mais brando
E a brandura nos faz
cúmplices do jamais

Suba!
Sobre as asas da aventura
Onde os sonhos se tornam realidade
Onde não poderemos voar de verdade

Veja!
Confio a minha alma ao teu olhar sábio
A fim de que haja outro eu, um outro Fábio

Coragem!
Presenteia-me o sonho do mundo onde resides
E acompanha-me pela mão nos meus átimos tristes
Entre universos tão distantes
Entre dois mundos tão vizinhos
Aí está meu coração

Toma-o!

Um comentário:

Unknown disse...

amei o poema intenso e denso