sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Papel de parede
Saudade feroz
de quando as paredes ouviam,
condenavam, proibiam
a nossa voz
Errávamos menos
quando as paredes tinham ouvidos.
Pois precavidos,
éramos plenos.
Hoje os ouvidos têm paredes.
Não é esquisito?
Pois nem meu grito
tu já não sentes.
Reclamo em vão...
Mas se há paredes
Pintemo-las verdes
pra ocultar solidão
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