sábado, 9 de agosto de 2008

Algea, eleison!


Que é a dor,
senão fria corrente
que une os mortais?

Que é o amor,
senão medo pungente
de murmurar ais?

É a dor quem desenha
os santos e os pecadores.
É ela a mesma senha
nas prisões e nos andores.

Pois santidade e imperfeição
têm nas veias mesmo sangue:
São filhas da aflição,
paridas num mesmo tanque
cujo nome é coração.

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