Tenho medo de poucas coisas. Mas, a que mais me incomoda é a ameaça da velhice. Não pela idade em si, já que ainda nem cheguei à casa dos 30, nem pelo alvorecer dos primeiros fios brancos ou das entradas no cabelo, mas pela possibilidade de perder, com "a casca inútil das horas", a minha inquietude interior. Não quero perder aquilo que mais admiro na juventude: a inquietação. E fico incomodado comigo mesmo quando, em flashes no pensamento, me pego conformado com coisas que antes me aborreciam.
A juventude é inquieta. E é somente a inquietação da juventude que nasce aquilo que é belo, que é bom; e nunca dos que deixaram-se embolorar pelo mofo da comodidade, do conformismo. Só os jovens podem mudar o mundo. Mas apenas os jovens que sabem nutrir e direcionar a própria inquietude, que sabem olhar para frente com coragem, que lutam com entusiasmo pelo ideal que mantêm vivo por dentro.
Deus permita que daqui uns tempos eu possa olhar para uma foto minha destes dias e dizer-me, sem peso na consciência, que mantive viva a inquietação: essência da juventude.
A juventude é inquieta. E é somente a inquietação da juventude que nasce aquilo que é belo, que é bom; e nunca dos que deixaram-se embolorar pelo mofo da comodidade, do conformismo. Só os jovens podem mudar o mundo. Mas apenas os jovens que sabem nutrir e direcionar a própria inquietude, que sabem olhar para frente com coragem, que lutam com entusiasmo pelo ideal que mantêm vivo por dentro.
Deus permita que daqui uns tempos eu possa olhar para uma foto minha destes dias e dizer-me, sem peso na consciência, que mantive viva a inquietação: essência da juventude.
Na mocidade, na estação fogosa,
ama-se a vida. A mocidade é crença,
e a alma virgem nesta festa imensa
canta, palpita, se exalta e goza.
[Casimiro de Abreu]
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