Vento vagante em meu peito imerso
soprando palavras sem rumo nem rima
num mar de poemas ainda disformes
decerto deserto de versos diversos,
Lúcidos.
Decerto bússola de agulhas incertas
Disturbando o nauta que, embora poeta,
explora inseguro seus versos-dilemas,
prendendo palavras que estavam libertas,
e livrando os sentidos de suas algemas
Ácidas.
Sopra, brisa pungente, minha vela reclusa!
E move esta nave donzela a epopéias bravias
para as águas gestantes de vãs poesias,
para os mares sedentos desta proa intrusa,
Límpidos.
Cruza percursos remotos privados de mapa
e brevemente (que és só fôlego e mocidade)
leva meu poema a mergulhar na saudade,
mas batiza-o somente na palavra que me escapa
Líquida.
Depois traze-o certeiro a esta mesma embarcação,
pois se a rosa-dos-rumos converteu-se na dos ventos,
um sopro que me venha há de mudar-se em alento
e transbordar de poesia o navegante coração
Ínfimo.

2 comentários:
Puts nem comento.(perfeito)
estás desparecido!
não postates mais aqui?
vim te dizer pra dar uma passadiha no meu blog
tem muita, muita coisa nova
XD
ABraçoo
http://mateus-araujo.blogspot.com/2009/01/espelho.html
fUuUiii
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